Instituída pela Unicef, a data marca a celebração e luta pelos direitos das crianças.
Como mãe e médica, minhas atenções estão voltadas à promoção da saúde e bem-estar dos pequenos, sobretudo no que tange ao desenvolvimento da fala e aos cuidados com a audição.
Este é um dia de celebração e luta pelos direitos da criança. O dia foi instituído pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o intuito de refletir sobre os cuidados com quem representa o futuro do nosso planeta.
Pais, responsáveis, professores, profissionais da saúde e os governos têm a responsabilidade no desenvolvimento desses indivíduos. Ainda, a formação de caráter, saúde, segurança, além de aspectos sociais e emocionais devem fazer parte da pauta entre os adultos, a fim de garantir um crescimento saudável.
Enquanto profissional da área médica e mãe, minha preocupação está focada à promoção da saúde. Como otorrinolaringologista, tenho colegas especialistas em fala e em cuidados com a audição na infância e equipes multidisciplinares para o tratamento dessa área tão importante para o desenvolvimento humano.
Na leitura deste post, você poderá entender mais sobre quando deve ser preocupar com atraso na fala ou quando suspeitar que seu filho/a não escuta bem. Veja a seguir:
Atrasos na fala: quando se preocupar
A primeira palavrinha é muito aguardada pelos pais. Em geral, espera-se que ela passe a balbuciar “mamá”, “papá” e outras semelhantes por volta dos 6 a 9 meses de idade. Até os 15 meses, o “vocabulário” passa a ficar mais extenso e, ainda que ninguém compreenda a “língua” do bebê, ele emite sons, buscando a comunicação. Com 2 anos, a criança já fala entre 50/100 palavras.
Contudo, isso pode não acontecer nos prazos esperados e, então, começam as dúvidas e preocupações. Dentre as possíveis causas no atraso da fala está a dificuldade em escutar, mas há outros fatores que devem ser investigados por um profissional especializado.
Completo 1,5 ano sem nenhuma verbalização ou 2 anos sem proferir muitas palavras, os pais e responsáveis devem prestar atenção e buscar ajuda profissional. É verdade que cada criança tem o seu tempo, mas cuidado nunca é demais.
Será que meu filho/a escuta bem?
É possível que alguns comportamentos da criança possam levar seus pais a se perguntarem isso. E é ótimo, pois é sinal de eles estão atentos.
O diagnóstico precoce é sempre fundamental no sucesso do tratamento. Então, não aceite sair da maternidade com seu bebê, antes que ele seja submetido ao Teste da Orelhinha, obrigatório no país desde 2010.
Além disso, alguns sinais podem ser alertas:
A criança tem otites de repetição?
Como está o desenvolvimento do seu filho/a?
Ele/a socializa, interage adequadamente?
Qual o volume que a criança costuma assistir televisão?
Ele atende prontamente, quando chamado?
A criança atende a solicitações simples?
Juntas, as respostas para essas perguntas podem ser um indicativo de que a criança tem algum grau de perda auditiva, o que deve ser reportada ao otorrino, para o diagnóstico.
Enfim, uma criança é sempre sinônimo de alegria, mas também de muita responsabilidade. Estar atento aos aspectos de seu desenvolvimento possibilitam uma vida feliz e saudável aos pequenos.
Ao suspeitar de atrasos na fala ou de que seu filho/a não escuta bem, não hesite, procure auxílio médico. Na Otorrino MV (Ramiro Barcelos 910/606 – Bloco A do Hospital Moinhos de Vento – Telefone 3407-4959 / WhatsApp +55 (51) 9177-4152) temos uma equipe multidisciplinar para investigação desses casos.